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O vereador Carlos Fontes (União Brasil) propôs repúdio à CROSS (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde), nesta semana, durante reunião da CEI (Comissão Especial de Inquérito) que investiga possíveis falhas na inscrição de pacientes do município nesse órgão regulador. Segundo o parlamentar, a resposta evasiva apresentada pela CROSS à comissão demonstra desdém com o Legislativo barbarense e com a população do Município.

Reportagem publicada no jornal O Liberal, em 10 de fevereiro do ano passado, relatava que Daniel Hauan Santana aguardava um procedimento para voltar a andar, mas por uma falha da Prefeitura, teria sido incluído na CROSS apenas um dia antes da publicação da notícia, no dia 9 de fevereiro, quando o encaminhamento deveria ter sido realizado no dia 6 de agosto do ano anterior. 

 “A Secretaria de Saúde de Santa Bárbara d'Oeste fez o seu papel, respeitou a nossa CEI, e nos enviou as respostas de todos os nossos questionamentos, ou seja, a Secretaria de Saúde do nosso município, esta respeitando a nossa investigação. Já com relação à CROSS, não posso dizer o mesmo”, afirmou. O vereador destaca que a resposta evasiva da CROSS, sem assinatura de servidor responsável, foi proferida pela Ouvidoria do órgão.

“Se para uma Comissão Especial de Inquérito, o CROSS nega informações, imagine com a população, principalmente os mais simples”, disse Carlos Fontes. A partir dessas respostas, consideradas insuficientes, os integrantes da CEI decidiram pedir parecer jurídico sobre a possibilidade de convocar algum responsável da CROSS ou solicitar, via mandado de segurança, que os questionamentos apresentados sejam respondidos de forma objetiva pelo governo estadual.

Presidida pelo vereador Eliel Miranda (PSD), a CEI da Saúde conta com a participação do vereador Bachin Jr (MDB), como relator, e ainda tem como membros os seguintes parlamentares: Carlos Fontes (União Brasil), Esther Moraes (PL), Isac Sorrillo (Republicanos), Jesus (Avante) e Kátia Ferrari da SOS Animais (PV). Como o próprio nome já indica, uma Comissão Especial de Inquérito tem poder de investigação próprio das autoridades judiciais. No entanto, a CEI não julga as pessoas, ela investiga fatos e, ao final, encaminha suas investigações para as autoridades competentes.