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Vereador propõe denominação de avenida em homenagem a Rosa Maluf


O vereador Celso Ávila (PV) protocolou, nesta semana, o Projeto de Lei 47/2020, que denomina a avenida 2, no loteamento Parque Industrial Francisco de Cillo, em homenagem a Rosa Narchin Maluf. Junto à denominação da via, o parlamentar apresenta uma breve biografia da homenageada.

“Rosa Maluf, como costumava ser chamada, era uma mulher empreendedora, visionária, muito à frente de seu tempo”, afirma Celso Ávila, destacando que ela foi proprietária do Cine Santa Rosa, inaugurado em 1939, uma joia da arquitetura do Estado de São Paulo, em estilo art décor. “Era o que havia de mais moderno em todo o mundo, construído numa cidade ainda em processo de crescimento urbano, quando ainda não havia pavimentação nas ruas. Esse cinema tinha capacidade para mais de 800 espectadores, enquanto o número de habitantes da cidade era de cerca de 10 mil", explica.

Rosa é nascida no Brasil em 1906, filha de um casal de origem Síria, Jamille e Athiê Jorge Narchin, família que migrou inicialmente para São Paulo e, em sequência, veio para Piracicaba. Casada com o industrial Alfredo Maluf, também de origem árabe, escolheram Santa Bárbara d´Oeste nos anos trinta para fundar seus negócios.

Rico comerciante/industrial e fundador da primeira manufatura de algodão da cidade, o casal fez fortuna e muito contribuiu para o desenvolvimento da economia da região. Proprietário de grandes extensões de terras, ele não media esforços para realizar os desejos da mulher, Rosa. “Este foi um dos fatores que o levou a se embrenhar nos negócios dos cinematógrafos e cinemas (muito em voga na década de 30) e fundar para ela, uma apaixonada por Hollywood, o maior cine teatro da cidade. Havia outros cinemas em Santa Bárbara à época, mas nada se comparava à grandiosidade e à modernização do majestoso prédio instalado na rua XV de novembro”, afirma o vereador.

Mãe de cinco filhos, Rosa Maluf era muito presente na sociedade barbarense. Ao lado de outras mulheres, conhecidas como “Damas de Caridade”, foi responsável, entre outros feitos, por financiar a construção do Asilo São Vicente de Paula e, principalmente, pela implantação da maternidade da Santa Casa de Santa Bárbara. Apesar de sempre residir no município, possuía também uma residência na Capital, na Alameda Campinas, onde a família recebia políticos e pessoas de grande influência no cenário estadual e nacional.

O Cine Santa Rosa funcionou como uma referência de entretenimento até o final da década de 1980, quando os cinemas de rua perderam espaço. Com problemas de saúde que foram se acentuando, D. Rosa morreu em 1991, aos 85 anos de vida.


Publicado em: 11 de dezembro de 2020

Publicado por: Fernando Campos - Mtb 39.684

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Categoria: Notícias da Câmara

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