O vereador Carlos Fontes protocolou, nesta semana, o Requerimento 659/2025, por meio do qual solicita explicações urgentes da Prefeitura sobre a substituição da médica responsável pelos exames de ultrassom morfológico, procedimento fundamental para o acompanhamento de gestações — especialmente as de risco.
Segundo diferentes reclamações recebidas pelo parlamentar, a profissional que realizava os exames encontra-se afastada por motivo de saúde, sem previsão de retorno. O problema, porém, não se limita ao afastamento: não houve qualquer planejamento da Administração Municipal para garantir a continuidade do atendimento, deixando dezenas de gestantes desamparadas e sem alternativa viável dentro do prazo clínico recomendado, que é entre 20 e 24 semanas.
O ultrassom morfológico, considerado essencial para identificar malformações, checar o desenvolvimento fetal e orientar intervenções médicas, é disponibilizado gratuitamente pela rede pública. No entanto, diante da ausência de substituto, mulheres têm sido orientadas a aguardar indefinidamente ou buscar atendimento particular — opção inviável para muitas famílias, já que o custo médio do exame ultrapassa R$ 250.
Para Fontes, a situação revela falta de gestão e descaso com a saúde materno-infantil. "Não é possível que um serviço tão essencial fique paralisado por ausência de planejamento. As gestantes não podem pagar o preço por falhas administrativas", destacou o vereador.
No requerimento, o parlamentar cobra respostas diretas do Executivo Municipal e da Secretaria de Saúde, incluindo a previsão de retorno da médica afastada e eventual procedimento para contratação de substituto; a existência de lista de profissionais habilitados para realizar o exame; a possibilidade de contratação temporária ou remuneração adicional a outro médico para suprir a demanda; bem como se a Prefeitura pretende adotar medidas emergenciais para evitar que gestantes percam o prazo do exame. Ele questiona, ainda, se existe encaminhamento das pacientes para outros municípios ou clínicas conveniadas, sem custo; e pede esclarecimentos sobre os protocolos administrativos que regem a substituição temporária de médicos na rede municipal.
A falta de respostas e ações imediatas tem provocado insegurança e ansiedade entre as gestantes, que dependem do exame para garantir tranquilidade e segurança durante a gestação. Para a oposição, o episódio reforça a necessidade de maior responsabilidade administrativa e transparência na gestão dos serviços de saúde.
O requerimento aguarda resposta oficial do Executivo.
Publicado em: 14 de novembro de 2025
Publicado por: Fernando Campos - Mtb 39.684
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Categoria: Notícias da Câmara
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