O Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) em Santa Bárbara d’Oeste deverá estar funcionando até o final do ano. Essa informação foi dada hoje (30) pelo secretário de Saúde, Carlos Eli Ribeiro, ao responder questionamento do presidente da Câmara, Anízio Tavares da Silva (DEM), durante realização de Audiência Pública de Saúde, referente ao segundo trimestre de 2010. Também participaram os vereadores Antonio Carlos Ribeiro, o Carlão Motorista (PDT), Carlos Fontes (DEM), Ademir da Silva (PT) e Juca Bortolucci (PSDB).
“Já estamos recebendo os equipamentos e acredito que esteja pronto em dezembro de 2010”, frisou Ribeiro, lembrando que o Samu será regional com gestão tripartite (Município, Estado e União) e irá funcionar no prédio da rodoviária, às margens da Avenida Santa Bárbara, onde também serão instalados o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar. O Samu contará com uma ambulância UTI avançada, com serviços de médico e enfermeiro 24h, duas ambulâncias básicas com enfermeiro ou auxiliar e uma motolância para fazer o atendimento pré-hospitalar móvel.
Para Anízio, o trabalho para a vinda do Samu para o município foi iniciado no ano passado a partir das reuniões do Polo Microrregional Legislativo que reúne os presidentes das Câmaras de Santa Bárbara d’Oeste, Americana, Hortolândia, Monte Mor, Nova Odessa e Sumaré, para debaterem as prioridades para a região. “Entre outros assuntos discutidos no Polo Legislativo foi levantada a questão da saúde e a necessidade de outras cidades também contarem com o atendimento do Samu e para isso convidamos os secretários de Saúde para levarem essa ideia adiante e ficamos contentes porque o Samu foi uma das conquistas que tivemos nessas reuniões”, destacou Anízio Tavares.
O presidente da Câmara também fez questionamentos sobre atendimento do Said (Serviço de Atendimento e Internação Domiciliar), alto número de casos de diarréia e conjuntivite, realização de exames de ressonância magnética e falta de valores de algumas despesas de serviços e de material de consumo.
Sobre o Said, o secretário informou que o serviço está sendo reestruturado e a equipe foi remanejada para o Afonso Ramos, no Jardim Esmeralda. Com relação aos casos de diarréia e conjuntivite, o médico Luiz Fernando Maeda explicou que ocorrem o ano todo, com algum pico. A diarréia e vômito muitas vezes são associadas ao quadro viral, intoxicação alimentar e doenças gastrointestinais, enquanto a conjuntivite é transmitida através das mãos, afirmou o médico.
Com relação aos exames de ressonância, que foram contabilizados 66 em abril, um em maio e nenhum em junho. As explicações foram que em maio o Hospital Santa Bárbara terceirizou o serviço de imagem e parte desses números foi feita em Piracicaba e por conta do alto custo e de força contratual, não foram mais realizados exames e o SUS não cobre os custos. Segundo o secretário, a ressonância não é responsabilidade do município, mas disse que tem que agir junto ao Estado para não onerar o município e assim poder retomar os exames na cidade. Carlos Eli Ribeiro também disse que vai providenciar a divulgação dos valores de despesas que não constaram do relatório.
O vereador Carlos Fontes perguntou a Ribeiro se ele pretende convocar nova realização da Conferência Municipal de Saúde, funcionamento dos Conselhos Locais de Saúde e implantação da Ouvidoria da Secretaria de Saúde, além de discutir o alto número de cesáreas realizadas em comparação com partos normais.
Sobre a conferência, Ribeiro informou que ela é obrigatória por lei e a conferência gera um plano de saúde que tem que ser casado com o plano de governo e acredita que o município deve realizar o evento a cada dois anos. Sobre os Conselhos Locais, ele disse que está procurando valorizar os conselhos, mas para que eles funcionem melhor precisam estar bem informados e é essa a preocupação do momento.
Quanto à Ouvidoria, ele revelou que já tem uma pessoa indicada para o cargo e treinada. “A ouvidoria é independente, mas tem que ser técnica, conhecer o sistema para melhor orientar os usuários”, afirmou o secretário. Segundo ele, o órgão que ainda precisa definir um local irá atuar com uma pessoa responsável e quatro funcionários.
Quanto aos partos, o relatório aponta 2033 partos em 2008, sendo 659 normais e1374 cesáreas. No ano seguinte, foram realizados 2195 partos, com 738 normais e 1454 cesáreas. Neste ano, até junho, foram contabilizados 1113, sendo 367 normais e 745 cesáreas. “A humanidade está deixando de ser natural para ser artificial. A sociedade busca o conforto, quer tudo pronto. A cesárea é mais cara do que o parto normal, além de oferecer risco à paciente, mas ninguém quer, não só o médico, mas a paciente também não quer”, explicou o secretário de Saúde. Para ele, é um desafio mas tem que trabalhar a conscientização do médico e da família e valorizar o parto normal para mudar a estatística.
Publicado em: 30 de julho de 2010
Publicado por: Câmara Municipal
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Categoria: Notícias da Câmara
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