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Santa Bárbara D'Oeste

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Após reunião, Pereira e Joi sugerem mudanças em projeto que incentiva o parto normal


Os vereadores Antonio Pereira (PT) e José Luis Fornasari, o Joi (SD), promoveram, hoje (16) à tarde, reunião na Câmara barbarense, com a presença de representantes do Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Direitos da Mulher, da Roda Renascer - grupo de apoio a gestantes, e de mães que sofreram violência obstétrica. O encontro foi promovido com o intuito de debater possíveis alterações no Projeto de Lei nº 06/2015, de autoria do vereador Antonio Carlos Ribeiro, o Carlão Motorista (PDT), que institui, no âmbito do Município, a Campanha de Incentivo ao Parto Normal. A reunião contou, ainda, com a presença do vereador Giovanni Bonfim (PDT), do procurador Raul Miguel Freitas de Oliveira e do diretor legislativo, Bruno Argente.

“O projeto, do jeito que está, pode ser mal interpretado, por isso sugerimos alterações. Mas, caso essa mudanças não sejam realizadas, pedidos que os demais vereadores rejeitem essa proposta, para que outro projeto seja apresentado”, afirmou a doula Taísa Crespi Gonçalves. Ela também explica que doulas são profissionais que dão suporte físico e emocional a outras mulheres antes, durante e após o parto. A doula não substitui qualquer dos profissionais tradicionalmente envolvidos na assistência ao parto.

A assistente social Jaqueline Priscila Gonçalves Domezi afirma que o projeto atual pode incentivar a violência obstétrica no Município. “A gente está aqui para incentivar o parto humanizado, seja cesárea ou parto normal. Queremos que a mulher tenha o direito de escolha, de ser ouvida, que tenha um plano de parto e direito a um acompanhante, não sendo manipulada por um médico”, explicou, destacando que ela mesma sofreu violência obstétrica há cerca de um ano. Ela ressalta que o direcionamento incorreto nos casos de parto normal pode causar, além de sequelas psicológicas na mãe, sequelas físicas na criança, como o caso da Síndrome de West, um tipo raro de epilepsia.

A servidora pública Gisele Ferreira Ferraz Scarelli, também presente na reunião, relatou que, por negligência médica, pelo fato de a profissional que a atendia ter tentado induzir o parto normal, o qual demorou mais de 10 horas, sua filha sofreu com falta de oxigenação e, recém-nascida, foi levada para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal. “Tudo isso poderia ter sido evitado se antes tivessem optado por uma cesárea”, afirmou a mãe, destacando que, aos nove meses de idade, a filha sofre com atraso no desenvolvimento e ainda é atendida por um neuropediatra, um fisioterapeuta, um terapeuta ocupacional e um fonoaudiólogo. Esse tratamento deve se prolongar, no mínimo, até os três anos da criança. “Ainda não sabemos que tipo de sequelas ela pode ter”, explicou.


Publicado em: 16 de março de 2015

Publicado por: Fernando Campos - Mtb 39.684

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Categoria: Notícias da Câmara

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