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      Os vereadores Anízio Tavares (DEM), Carlos Fontes (PSD) e Gustavo Bagnoli (PSDB), a pedido de leituristas do DAE (Departamento de Água e Esgoto), participaram, hoje (20), de reunião com o diretor-superintendente da autarquia, Celso Cresta. O objetivo do encontro era avaliar os motivos de sindicância aberta contra nove dos 11 servidores que atuam como leituristas e temiam ser demitidos para a terceirização desse trabalho, alegando perseguição política.

      “Não há nenhum tipo de perseguição. Houve vários meses seguidos em que a leitura deu muito diferente da realidade, além do limite de quatro erros em 10 mil ligações. Estamos encontrando de 80 a 100 erros a cada mil ou duas mil ligações, o que preocupa a direção do DAE”, afirmou Cresta. Segundo ele, esses erros podem tanto prejudicar a autarquia quanto a população em caso de discrepância do valor das contas.

      Cresta ressaltou, ainda, que em pelo menos um dos casos avaliados, há indícios de boicote. “Ele colocou consumidor ausente em uma rua inteira, por isso a sindicância será feita com muito cuidado, não será encerrada antes de 30 dias. Além disso, vamos colocar a leitura simultânea (em que a conta é emitida pelo próprio leiturista, após verificação do hidrômetro) e oferecer treinamento a esses servidores, para ver se acaba com esse alto índice de erros”, disse.

      O servidor Carlos Antonio Fernandes da Costa acredita que não há motivo para esse aumento no número de erros nem haveria servidores com intenção de prejudicar o DAE deliberadamente. “Não há boicote nenhum. Só queremos resolver a situação”, afirmou Costa, ressaltando a necessidade da leitura simultânea para diminuir a incidência de erros.

      Para o vereador Carlos Fontes a reunião foi satisfatória, para esclarecer que a sindicância não tem o objetivo de coagir nenhum funcionário e nem de demiti-los para uma eventual terceirização do serviço. “O superintendente do DAE nos garantiu que ninguém será demitido e que não haverá terceirização de todo serviço. Atualmente, 50% do serviço é feito por profissionais terceirizados. Acredito que eles tentarão se entender, para que o DAE produza bons resultados e o consumidor não seja prejudicado”, disse.