Por meio de requerimento, protocolado hoje (6) na Câmara, o vereador Carlos Fontes (PSD) está cobrando informações da Administração Municipal com relação aos constantes rompimentos da adutora que deixou mais de 70 mil pessoas dos bairros da zona leste sem água, durante vários dias no município.
No documento, o parlamentar considera que a população está vivendo um momento muito triste e de insegurança com relação à falta d´água causada por seis rompimentos da adutora que abastece a região leste da cidade. Fontes cita a fala do diretor-superintendente do DAE, Celso Cresta, na imprensa, que “o material usado na adutora é de baixa qualidade e que não é possível trocá-lo no momento e que este ano é impossível fazer esta obra”.
Cresta classificou o problema de “herança maldita”, uma vez que um laudo feito em 2006, já apontava que o material utilizado na adutora não obedecida às regras da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), e que o material usado na obra de 2004 é “sucata”.
Segundo Fontes, a população pagou por um material que, conforme as informações, sua durabilidade era para 50 anos, e com apenas sete anos começou a dar problemas, deixando milhares de pessoas sem água na cidade. “O que mais me preocupa é que a situação, pelo que parece, não será resolvida tão cedo”, disse o vereador, citando frase do diretor do DAE publicada na imprensa: “Só se Deus nos ajudar, mas no momento não tem muito o que fazer”. Para ele, essa declaração de Cresta é, no mínimo, apavoradora e subentende que a situação vai continuar e que será resolvida somente no próximo governo e a população corre o risco de sofrer com a falta d’ água pela incompetência de alguém que não fiscalizou na época os materiais utilizados pela empresa vencedora da licitação.
No requerimento, Fontes pergunta se as declarações do diretor Celso Cresta são definitivas ou o problema vai ser solucionado, qual a empresa que instalou a adutora e quantos anos têm de garantia e qual a vida útil do material utilizado na obra. O vereador quer saber qual o valor pago na obra e de quem era a responsabilidade de fiscalizar o andamento e a qualidade do material utilizado, pede o envio para a Câmara do laudo que aponta que o material utilizado não obedecia às regras da ABNT. Por fim, Fontes afirma que milhares de pessoas, que foram pegas e surpresa, tiveram que comprar água potável no período em que ficaram sem água em suas casas, acarretando prejuízo financeiro e aborrecimentos, e se é possível o DAE anistiar o pagamento da conta d’ água no período de um mês para esta população, a título de reembolso dos prejuízos que tiveram.
Publicado em: 06/11/2012 00:00:00
Publicado por: Câmara Municipal