Em resposta ao requerimento do vereador José Antonio Ferreira, o Dr. José (PSDB), a Secretaria de Saúde confirmou que o município não vem realizando os exames ecocardiograma e otoneurológico recomendados por especialistas da rede pública municipal.
A situação, segundo a administração, decorre do desligamento do profissional cardiologista do quadro de funcionários, o qual realizava o ecocardiograma. Com relação ao exame otoneurológico, sem referência SUS para atendimento, esse exame sempre foi comprado pela Prefeitura.
Atualmente, o ecocardiograma é agendado no AME (Ambulatório Médico de Especialidades) da cidade de Atibaia, e o exame otoneurológico encontra-se em processo de compras.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que os agendamentos de todos os procedimentos são realizados pela Central de Regulação Municipal, e ocorrem conforme as solicitações médicas, distribuídos dentro do total de vagas mensais. Além disso, são levados em consideração os critérios de prioridade clínica, programação de intervenção cirúrgica, tempo de espera e programação de retorno com o médico que solicitou. Esse processo é realizado e revisto mensalmente pelo médico regulador municipal. Mesmo questionada a respeito, a Prefeitura não respondeu quantos pacientes aguardam na fila de espera pelos exames ecocardiograma e otoneurológico.
A pasta de Saúde informou que o ecocardiograma depende de cotas distribuídas pela CROSS (Central de Regulação e Oferta de Serviços do Estado). Já o otoneurológico não está sendo agendado no momento.
O ecocardiograma produz imagens do coração e é complementar no diagnóstico de uma série de doenças do coração. Com o ecocardiograma é possível avaliar o estado do órgão dos pacientes, verificando anomalias funcionais das estruturas e também anomalias morfológicas. Desta forma, pode-se verificar o fluxo de sangue nas válvulas e em vasos do coração e análise de cardiopatias congênitas e valvopatias.
Já o otoneurológico é o exame para avaliar a função do labirinto (orelha interna) e é indicado para pessoas com queixa de tontura, vertigem, desequilíbrio, hipoacusia (surdez), zumbidos, cefaleia e enxaqueca ou quando há suspeita de problema no labirinto.
“Embora a Prefeitura não tenha informado a quantidade de pacientes que precisam desses exames, é fundamental que a Secretaria de Saúde contrate outro profissional e volte a realizar os exames ecocardiogramas no município, bem como os otoneurológicos”, afirmou Dr. José.
